28 fevereiro 2007

Todo homem é mal? A Depravação Total

Tenho conversado com amigos que são católicos. Eles me dizem que todos vão para o céu, que o homem em sua essencia é bom. Em um dos encontros que participei para formação de educadores, um dos palestrantes fez uma afirmativa curiosa: Não existe o diabo. A palavra diablos nos remete para o nosso lado negativo que devemos controlar.

Em várias religiões orientais o principo é que o homem é bom, que sua essencia é marcada pelo belo, e que com meditações e exercícios espirituais é possível atingir um estado de plenitude, o nirvana. Segundo o Houaiss (1 nas religiões indianas, estado permanente e definitivo de beatitude, felicidade e conhecimento, meta suprema do homem religioso, obtida através de disciplina ascética e meditação [Menos us. que o sinônimo mocsa, exceto na doutrina budista.] 1.1 no budismo, extinção definitiva do sofrimento humano alcançada por meio da supressão do desejo e da consciência individual)

Eu poderia ainda fazer mais uma obsevação: Se em nossa essencia somos bons, se basta ao homem buscar essa perfeição, por que isso não ocorre?

As igrejas ditas reformadas estruturam a sua teologia em confissões de fé. A igreja presbiteriana da qual faço parte se apoia na Bílbia sagrada e entende que a Confissão de fé de Westminster expressa de forma correta a teologia bíblica. Vou transcrever então algumas considerações sobre esta posição contidas na CFW.

CAPÍTULO VI - DA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DO SEU CASTIGO

I. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, comendo do fruto proibido. Segundo o seu sábio e santo conselho, foi Deus servido permitir este pecado deles, havendo determinado ordená-lo para a sua própria glória.
Gen. 3:13; II Cor. 11:3; Rom. 11:32 e 5:20-21.

II. Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.
Gen. 3:6-8; Rom. 3:23; Gen. 2:17; Ef. 2:1-3; Rom. 5:12; Gen. 6:5; Jer. 17:9; Tito 1:15; Rom.3:10-18.

III. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito dos seus pecados foi imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por geração ordinária.
At. 17:26; Gen. 2:17; Rom. 5:17, 15-19; I Cor. 15:21-22,45, 49; Sal.51:5; Gen.5:3; João3:6.

IV. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais.
Rom. 5:6, 7:18 e 5:7; Col. 1:21; Gen. 6:5 e 8:21; Rom. 3:10-12; Tiago 1:14-15; Ef. 2:2-3; Mat. 15-19.

V. Esta corrupção da natureza persiste, durante esta vida, naqueles que são regenerados; e, embora seja ela perdoada e mortificada por Cristo, todavia tanto ela, como os seus impulsos, são real e propriamente pecado.
Rom. 7:14, 17, 18, 21-23; Tiago 3-2; I João 1:8-10; Prov. 20:9; Ec. 7-20; Gal.5:17.

VI. Todo o pecado, tanto o original como o atual, sendo transgressão da justa lei de Deus e a ela contrária, torna, pela sua própria natureza, culpado o pecador e por essa culpa está ele sujeito à ira de Deus e à maldição da lei e, portanto, exposto à morte, com todas as misérias espirituais, temporais e eternas.
I João 3:4; Rom. 2: 15; Rom. 3:9, 19; Ef. 2:3; Gal. 3:10; Rom. 6:23; Ef. 6:18; Lam, 3:39; Mat. 25:41; II Tess. 1:9.

Ao analisar então todas estas referencias, é pra mim impossível ver no homem algo de bom em sua essencia por causa do pecado. Será então que não há solução para o homem?

A solução está em que o homem creia que Jesus é o filho de Deus. Que a vida de Jesus é o meu exemplo e que seu sangue derramado perdoa todo e quaquer pecado cometido por mim.

Nenhum comentário: